Força feminina no empreendedorismo gastronômico
24/11/2020
O Dia do Empreendedorismo Feminino é uma data criada para dar visibilidade ao movimento que reúne negócios idealizados e comandados por uma ou mais mulheres. A iniciativa é coordenada pela ONU Mulheres, entidade que tem como objetivo unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres e diminuir a desigualdade de gênero.
Para falar sobre motivações e desafios para as mulheres que empreendem na área gastronômica convidamos as cozinheiras, empreendedoras e alunas da Gastromotiva Claudia Cantreva, Elisângela Monte e Fabiana Lira.
Claudia buscou na gastronomia um caminho de empoderamento para apostar nos seus talentos e seguir um propósito de vida. Dona da “Ó Quitéria” (@oquiteria_), um negócio de comidas saudáveis e afetivas, para ela o curso na Gastromotiva trouxe conhecimento, consciência, conexão e mudança, agregando valor ao seu trabalho artesanal.
“Busco trabalhar com propósito, acreditando no que faço, mostrando qualidade criativa, capacidade de realização e execução, porque é isso que me representa. O mundo é dos que sonham, mas também é dos que realizam e buscam fazer algo diferente para si e em benefício do próximo.”
Claudia acredita que há espaço no mercado para empreendedorismo feminino, mas ressalta que assim como para qualquer empreendedor, é preciso conhecer o seu público, mostrar o diferencial do seu negócio e fazer com que ele seja lembrado.
Para mulheres que desejam empreender, ela deixa seu recado: “Decole… comece apresentando para as pessoas (seja para a família, amigos ou vizinhos) o trabalho que você realiza no seu pequeno negócio, conecte-se com outros e mostre seu potencial.”
Elisângela Monte, carioca criada em Belém, cresceu vendo sua mãe cozinhar tacacá, comida típica da região. Para ela, que quando criança presenciou os pais empreenderem em diversas atividades, o empreendedorismo está no sangue. Por necessidade resolveu apostar também e investir na produção de marmitas fit, criando a “Natural – Alimentação Saudável” (@naturalalimensaudavel).
“Digo que o ‘Empreenda’ para mim foi um resgate. Antes do curso trabalhei como tacacazeira em feiras por 9 meses, mas não deu certo. Com o curso eu aprendi a me organizar. Tive outra visão, entendi que podemos incluir o veganismo, excluir o glúten, são muitas possibilidades! Aprendi também o respeito com o alimento e que devemos extrair tudo que a natureza oferece.”
Elisângela começou seu negócio durante a pandemia e está apostando na busca por clientes nas redes sociais. Ela recomenda que outras mulheres que desejam empreender façam o mesmo: invistam nas redes, mostrem para seus vizinhos e façam um “boca-a-boca” do seu negócio.
Fabiana Lira, que vende bolos e doces no “Delicinhas da Fabi” (@delicinhasdafabi), conta que também começou a empreender por necessidade. Ela aponta que com o curso do “Empreenda” conseguiu precificar corretamente os seus produtos e que leva da experiência a conscientização sobre o aproveitamento de alimentos. Hoje Fabiana consegue aproveitar quase totalmente os insumos de sua produção. Ao falar sobre empreendedorismo feminino, reflete sobre sua própria experiência:
“Acredito que em relação ao empreendedorismo feminino existem mais mulheres do que se possa imaginar. O problema é a maioria não se ver como empreendedora, assim como eu não me via. Para elas eu digo: vá em frente, vale a pena!”